Saúde sexual é a área da medicina que se dedica a estudar o comportamento sexual do indivíduo (prazer sexual, sexualidade, reprodução, tratamento de DST’s e outras disfunções sexuais).
No Brasil estima-se que 51% da população feminina apresenta algum tipo de disfunção sexual.
O comportamento sexual envolve aspectos físicos, psicológicos e sociais do ser humano. Tabus, repressão social, religiosa ou familiar, abusos, disfunções na pelve, depressão, baixa autoestima, automedicação, dores crônicas, relações amorosas doentias, são exemplos de entraves que podem prejudicar a saúde sexual.
Mas para pensar em saúde sexual precisa entender que é muito mais ampla que o sexo. Sexo é instinto, sexualidade é aprendida.
Você já se perguntou o que é sexualidade? Tem uma definição no Museu do sexo da Holanda que adoro: “Sexualidade é parte integral da personalidade de cada um.
É uma necessidade e um aspecto do ser humano que não pode ser separado dos outros aspectos da vida.
A sexualidade não é sinônimo de coito e não se limita a presença ou não de orgasmo. É a energia que motiva encontrar o amor, contato e intimidade, e se expressa da forma de sentir, nos movimentos das pessoas e como estas tocam e são tocadas.”
Diante disto, sexualidade é relacionamento e relacionamento é aprendido. Assim, como você anda relacionando consigo? E com os outros ao seu redor? Se isto está ruim, precisa cuidar mais de sua sexualidade.
Mas afinal o que a fisioterapia tem haver com isto?
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Tendo em vista tal completude da sexualidade, é interessante notar que o tratamento em saúde sexual visa identificar através da resposta sexual humana que é dividida em várias fases, desde o desejo até a satisfação – com ou sem orgasmo, onde está a falha, de modo a conhecer exatamente em qual fase está o problema para definir o tratamento adequado e de sucesso.
Lembrando que as limitações à sexualidade geralmente são multifatoriais, por isto um tratamento abrangente provê resultados mais enriquecedores.
Assim, a osteopatia associada a fisioterapia pélvica também se torna uma grande aliada nas disfunções sexuais femininas e masculinas.
Tratamento de Disfunções Sexuais Feminina
Vulvodinia
É uma dor sexual crônica, de causa ainda desconhecida, mas que gera grande impacto na vida das mulheres. Se você apresenta dor em queimação, ardência durante e fora do sexo, como no uso de calça jeans, ao urinar, você pode ter vulvodinia. A boa notícia é que tem tratamento! Vem saber mais!
Vaginismo
Com o avanço dos estudos em vaginismo, foi definido que ele não é uma doença e sim uma condição de saúde, ou seja, a forma como os músculos trabalham nessa mulher precisa ser ajustada, da mesma forma quando precisamos malhar o corpo por um desajuste muscular na academia por estarem rígidos ou flácidos.
É importante ressaltar que esse padrão muscular adotado tem relação com questões psicoemocionais, tabus e crenças relacionadas ao sexo e ao órgão genital.
Dispareunia
A dispareunia é uma dor durante o intercurso sexual ou através do contato íntimo que podem ter como plano de fundo várias doenças como vulvodínia, endometriose, dor pélvica crônica, menopausa, síndrome da bexiga dolorosa, entre outras.
Para que o tratamento seja assertivo é importante que a causa da dispareunia seja definida. Entenda mais sobre o assunto.
Anorgasmia
O número de mulheres que se queixam de dificuldade de orgasmo é muito expressivo e isso se dá por vários fatores como falta de autoconhecimento, intimidade do casal insatisfatória, problemas de saúde (diabetes, esclerose múltiplas, lesões medulares, …), debilidade dos músculos íntimos e questões psicoemocionais. A boa notícia é que o tratamento pode ser rápido e bastante efetivo.
Dificuldade de Excitação
Dentre as dificuldades sexuais, o transtorno de desejo/excitação é o mais comum entre as mulheres. Atinge cerca de 23,4% das mulheres jovens e 73% das mulheres em idade avançada no Brasil.
Os motivos que levam a esse transtorno são multifatoriais, assim o tratamento dependerá da causa, mas já adianto que existem tratamentos muito efetivos.
Estenose Vaginal
A estenose vaginal causada pelo tratamento de radioterapia/braquiterapia após câncer ginecológico gera inúmeras dificuldades na vida sexual da mulher, pois o canal vaginal tende a ficar mais curto, dificultando a penetração e a lubrificação.
A boa notícia é que se der início a fisioterapia pélvica durante o tratamento com a radioterapia as queixas sexuais tendem a ter melhores resultados.
Gostaria de mais informações? Converse com a profissional Meg Martins.
MEG MARTINS | Crefito4 -144136F:
Meg Martins é Fisioterapeuta especializada em Saúde da Mulher com formação em Sexologia Clínica, Terapia Cognitiva Sexual, Disfunções Sexuais Femininas, Obstetrícia, Disfunções Anorretais e Miccionais, entre outros.
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